Apostar é uma atividade comum em todo o mundo, mas em Portugal, as apostas parecem ter se tornado uma questão alarmante, especialmente entre os jovens. De acordo com um estudo recente do Serviço de Intervenção nos Comportamentos Aditivos e nas Dependências, cerca de 5% dos jovens portugueses entre 13 e 18 anos já jogaram nas chamadas DSAS - jogos de azar não regulamentados em Portugal que são oferecidos on-line e que geralmente envolvem jogo de casino.
O contexto acadêmico também não parece estar isento dessa problemática. O jogo está se tornando cada vez mais popular entre os estudantes universitários, especialmente aqueles que buscam dinheiro fácil para complementar suas rendas. Alguns argumentam que o estresse associado à vida acadêmica contribui para o aumento do jogo entre os estudantes.
Não há dúvida de que as apostas têm consequências negativas significativas para a saúde social, mental e financeira dos jovens. O jogo pode levar ao vício e à dependência, o que pode prejudicar a capacidade dos jovens de se relacionar com seus pares e de realizar tarefas cotidianas.
Em relação às consequências financeiras, é importante lembrar que as apostas podem levar à perda de grandes quantias de dinheiro, o que pode criar sérios problemas financeiros, especialmente para aqueles que são estudantes universitários e ainda não têm uma fonte de renda fixa. Além disso, a pressão financeira pode levar a problemas de saúde mental, como ansiedade, depressão e até suicídio.
É fundamental que as autoridades portuguesas abordem seriamente o problema das apostas, principalmente entre os jovens. As políticas de prevenção devem ser desenvolvidas e implementadas, com intervenções efetivas que ajudem a minimizar o impacto negativo que as apostas podem ter na vida dos jovens.
Algumas estratégias que poderiam ser adotadas pelas autoridades incluem campanhas de sensibilização, programas educacionais, e medidas de regulamentação e fiscalização. Além disso, os jovens devem ser conscientizados sobre as consequências do jogo, incluindo seus efeitos na saúde e no bem-estar financeiro.
Em suma, a questão das apostas entre os jovens portugueses, particularmente na academia e nas DSAS, é uma preocupação que deve ser tratada com seriedade pelas autoridades, famílias e pela sociedade em geral. É necessário adotar medidas preventivas eficazes antes que se torne uma epidemia que devastará as futuras gerações.
